sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Sem fronteiras, mesmo!


Os acadêmicos da UFMS visitaram ontem o assentamento Santa Guilhermina, que fica a cerca de 110 km da cidade de Maracaju. A equipe sem fronteiras levou atendimento médico e odontológico, além de dividir com os moradores da região, ensinamentos de técnicas agrícolas e de preservação do meio ambiente.

Cerca de 200 famílias vivem no assentamento, que fica em uma área praticamente isolada da zona rural. Os lotes de terra, por exemplo, são distantes uns dos outros. Por esse motivo os estudantes conseguiram visitar apenas uma propriedade, a do Seu Sebatião Rocha de Souza, aposentado. Com 54 anos, Seu Sebastião já foi Militar e Minerador. Há quatro anos ele conseguiu adquirir sua “terrinha”, onde planta uma variedade de árvores frutíferas como mangueiras, pés de acerola, goiabeiras e jabuticabeiras, além de sua lavoura de milho. Seu Sebastião cuida de tudo sozinho, com muito zelo, o que surpreendeu os acadêmicos já que ele sofre sérios problemas de saúde, como Artrose e pressão alta.

“Eu cuido de tudo sozinho. Planto, capino, cultivo... Pretendo agora colher o milho pra criar uns porquinhos”, contou animado seus planos para o futuro.
Com relação a saúde, Seu Sebastião falou das dificuldades. “Aqui eu moro sozinho, só ando de muleta e fica muito difícil o acesso ao posto de saúde do assentamento. Na cidade então... Já fui ao médico pra ver esse meu problema (o da artrose) ele disse que eu preciso ir pra Campo Grande fazer uns exames”.

Ciente das dificuldades, o acadêmico de medicina Vinícius Siebert acredita que é gratificante o trabalho dos acadêmicos saírem do Posto e irem atrás das pessoas que não têm a oportunidade ou até mesmo, a ciência da importância de uma consulta médica. “Hoje mesmo, no caso do Seu Sebastião, vimos que ele precisa muito de um atendimento médico especializado. Além da artrose nas pernas, que limita sua locomoção, ele tem a pressão alta e faz muito esforço no trabalho diário no campo para sua subsistência. Eu sinto que este trabalho, do atendimento ir até a população, incentiva o paciente a procurar atendimento, porque eles sentem que precisam dessa consulta. Mais do que examinar, nós levamos carinho para essas pessoas, que se sentem importantes e valorizadas, como elas devem ser”, comentou.

A Odontologia não ficou de fora! A formanda Camila Rosa, realizou uma palestra sobre o uso correto do fio dental e a escovação dos dentes na escola do assentamento. Ela ficou surpresa com o cuidado das crianças. “As meninas mais velhas têm os dentes muito bem cuidados, e prestaram bastante atenção nas aulas. Foi muito legal a experiência”, disse animada.

O trabalho no assentamento foi muito gratificante para a equipe da UFMS Sem Fronteiras que espera repetir a dose em mais comunidades assentadas na próxima edição!

Entrevista - Vinícius Siebert - Agentes de saúde

Na terça feira a tarde, dia 13, acadêmicos de Medicina e Engenharia Ambiental realizaram um bate-papo com os agentes de saúde da cidade. A intenção da conversa foi avaliar as dificuldades que os agentes enfrentam no contato com a população. Vinícius Siebert, coordenador do projeto e estudante de Medicina, fala um pouco sobre essa atividade do projeto no vídeo:


quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

UFMS Sem Fronteiras prestigia adolescentes e idosos


No ginásio apelidado de Louquinho, acadêmicos e residentes de enfermagem realizaram uma oficina com adolescentes sobre o crescimento fisiológico, drogas e violência. Os temas foram abordados de forma interativa, com dinâmicas. A estudante Jaqueline da Silva Chiodi, 13 anos, participou da atividade e gostou da experiência “foi bom para entender algumas coisas e conversar. Eu entendi algumas atitudes dos meus pais” diz.

As equipes de enfermagem e fisioterapia também visitaram o Centro de Convivência e Amparo ao Idoso Professora Nilcéia Aparecida Siqueira Bueno. O asilo, mantido com doações, recursos do Centro Espírita Antônio Alberto e verbas federais, estaduais e municipais, é morada de 44 idosos. Atualmente não há técnicos de enfermagem, fisioterapeutas e educadores no asilo. Há apenas uma enfermeira responsável, que visita o lar uma vez por dia. Quem toma conta dos idosos são cuidadores.

Durante a visita, os estudantes e a professora de fisioterapia Suzi Miziara fizeram dinâmicas e exercícios físicos com os idosos. Mulheres, homens, com cadeiras de rodas, bengalas, ou utilizando apenas o apoio das próprias pernas, quase todos os idosos do asilo participaram das atividades que foram embaladas pelo violão de um deles, seu José Aguiar Machado. Seu José gostou das atividades e disse que vai procurar fazer os exercícios que aprendeu.